2 de dezembro de 2013

Amarga experiência...

Meus caros,

Sempre que posso, coloco aqui as minhas impressões sobre os torneios de que participo ou daqueles que pude presenciar. 

Nesse final de semana, começou o Campeonato Estadual de Mestres e, pela primeira vez, estava apto a jogar. Para pontuar, é necessário dizer que é um torneio mais forte que os meus habituais. Um campeonato em que não existe ponto fácil - e utilizando uma regra do pôquer - quando você não sabe quem é o pato da mesa, é porque o pato é você...

Ousei jogar o torneio, mesmo sabendo que estaria entre os jogadores mais fracos. Mesmo sabendo que provavelmente meu aproveitamento fosse muito abaixo do meu normal. Não fiz como a maioria dos jogadores sempre fazem, ou seja, tive uma certa coragem para jogar. Muitos jogadores em plena ascensão, classificados para o torneio, deixaram de participar. Cada um com seu motivo, mas, no íntimo, sempre há o receio de enfrentar os mais fortes...

Por um lado, há razão. Não é fácil perder. Não é agradável ser derrotado quatro ou cinco vezes. Não é fácil investir dois finais de semana e quase 30h de jogo para sair frustrado do tabuleiro. 

Porém, vendo por um prisma mais expandido, é uma excelente oportunidade para evoluir. É a ocasião simples e ao alcance de muitos, que permite sentir, na prática, como um Mestre joga. Esse processo de evolução é lento, mas é necessário utilizar os melhores jogadores como parâmetro. Deixo aqui meu registro de frustração por não ver meu amigo Renato Werner jogando. Assim como outros jogadores importantes no cenário carioca: MF Vinícius Vilela, Paolo Ghiu, Artur Santa Cruz, Rodrigo Zacarias, dentre outros - preferi citar só os de meu clube.

Antes de falar um pouco do torneio - pouco mesmo - deixo outro registro de decepção. O abandono do torneio de meu amigo Maia, ex-dirigente da FEXERJ. Não sei quais foram suas razões, mas torço para que não tenha sido o fato de ter perdido as duas primeiras partidas para jogadores, em tese, mais fracos.

Vamos ao evento, então!!

O torneio tem apenas 20 (vinte) participantes, pelas razões já levantadas aqui... Podem conferir a lista de jogadores AQUI. Depois de quatro rodadas, restando outras três, lidera sozinho, o MF Wagner Peixoto, com 3,5. Houve muitas partidas interessantes. Destaco a derrota do número 1 do torneio para o MF Hilton Rios e a deste para o atual líder. As quarenta partidas estão disponíveis no Chess-Results.


MI Eduardo Limp x MF Hilton Rios



Não sei bem em quem apostaria, mas o MF Wagner Peixoto está bastante cotado, pois é um jogador muito sólido e aguerrido. Não desiste facilmente de uma boa luta no tabuleiro. Ainda terá de enfrentar outros candidatos, mas colocaria minhas fichas nele. 

MF Wagner Peixoto x Tadeu Santos

O meu desempenho foi sensacional. Sensacionalmente desastroso... Eu perdi as três primeiras partidas. Sinceramente, não me vi jogando mal. As partidas seguiram igualadas por muito tempo e os meus engines aqui em casa me dão esperanças de que é possível acertar os melhores lances. Não vou afirmar que fiquei ganho em todas e perdi - como fez meu amigo Eduardo Arruda na SF do Brasileiro... Porém, posso dizer que deixei de jogar o melhor em posições que não eram tão críticas. Falhas custam caro no Estadual de Mestres. Na quarta rodada, consegui uma vitória para animar um pouco para a sequência. O meu talentoso e ousado adversário cometeu um pequeno equívoco na abertura e não conseguiu sustentar uma posição aguda desde o início.

E, para não perder o hábito, preciso elogiar a organização, que praticamente se resumiu aos árbitros. Rafael Rafic e Felipe Albuquerque fizeram um trabalho primoroso. Impecável a atuação deles. Mantiveram a ordem no salão e promoveram o melhor cenário possível para a competição. Meus sinceros agradecimentos.

Felipe Albuquerque e Rafael Rafic

Assim terminou o primeiro final de semana do torneio. Aguardemos as próximas batalhas no próximo final de semana, no salão do Tijuca Tênis Clube.

Abraços,
Kemper